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Mostrando postagens de setembro, 2010

E o que existe dentro da vida, que exista fora das palavras?

Capítulo IV - Final - Leia: I II III A verdadeira história - que os homens não contam Era uma vez um homem sem nome que vivia sozinho em seu universo/mundo mágico e inteiramente farto de palavras. Certa manhã enquanto contemplava as histórias que as palavras desenhavam diante dos seus olhos – Resolveu por sua vez, que iria inventar/criar/escrever – sua própria história. Com os dedos longos, manuseou a pena e riscou: A Menina das palavras – A Flor e o Giz E foi botando na história da Menina as coisas mais bonitas e prazerosas que ele a pudesse oferecer. Durante muitos anos, ele tratou de preparar as condições ideais para que enfim pudesse ler a sua história em voz alta e trazer a existência física, a tal Menina das Palavras. Trabalhou por séculos, não queria nada imperfeito para quando ela chegasse. E então no dia nove de setembro de 1990 – veio a existência humana a tal Menina. A Menina vai respirando e dissolvendo feito Giz, a alma vomitando as palavr

[Palavras Mil]

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Meu farol é você “Quando caminho no escuro, é por você que procuro, somando tudo é tão raro, meu paladar e seu faro” Vander Lee – Farol [experimente ler ouvindo a canção é bom] Caminha nas ruas, passando na frente de carros em movimentadas avenidas, arriscando-se sem se importar, talvez ela já tenha mesmo perdido a voz, a vista, a vida. Perdeu-a dentro daqueles olhos, no momento em que pode vê-lo nos braços de outrem, era apenas um abraço, mas um abraço intenso demais para simples amigos. Agora caminha, tentando deixar fincado ao chão junto aos passos, toda a tristeza que lhe mastiga o cerne e nas mãos, vai levando as rosas murchas que ganhara dele pela manhã e chega a pensar que foi tola por acreditar nas declarações de amor e presentes que lhe enviara. Atingida por um carro que atravessa a avenida em alta velocidade é lançada com dores no asfalto e fica a ouvir as vozes ao seu redor, embargada pelas dores e angústias, quase adormecendo e no fundo, bem longe reconhece a voz familiar

E o que existe dentro da vida, que exista fora das palavras?

Capítulo III - Leia: I e II Nem todos os homens contam A escrita veio a desabrochar dos dedos dos homens bem depois da criação do mundo – Mas as palavras – ainda que não fossem riscadas por dedos humanos – sempre esteve viva, presente na história. Seja em lábios ou em livros, sempre esteve viva e sendo usada pelo tal homem sem nome. O homem que até hoje, tenta ensinar a suas criaturinhas humanas o quanto usar das palavras é algo poderoso. Se eu invento – Então existe. Se você acredita – Então é real/verdadeiro As palavras estão aqui; Use-as Dê vida ao que ninguém fez nascer ainda – Pinte seus mundos/seus cenários, borde as suas crenças. Pessoas lindas, espero que estejam gostando e compreendendo tudinho, na próxima semana será postado o capítulo final. Beijos doces a todos e obrigada pelos comentários e visitinhas mudas também.

E o que existe dentro da vida, que exista fora das palavras?

Capítulo II - Leia aqui Cap. I E continuam contando O homem sem nome e sem idade deu vida através das palavras, e permitiu a sua criatura conhecer e usar como linguagem as tais palavras. Há palavras que fazem bem, que transmitem a paz, ou que geram esperança, palavras que encorajam, transformam e que vivificam... Do mesmo modo existem palavras que aborrecem, entristecem e que geram desavenças/discórdias, que matam. O homem sem nome criou as palavras e as entregou ao homem/sua criatura, para que ele as usasse da maneira que lhe fosse proveitoso. Tendo todas as palavras em mãos – O homem criatura – as distribuiu conforme achou que combinasse a cada detalhe da criação. E foi assim que as coisas ganharam nomes e as palavras um significado mais direcionado, embora ainda em essência, mantenham-se as mesmas. Eis o II capítulo - E respondendo ao comentário da Laura a ideia dos primeiros capítulos é exatamente a de trazer as imagens de Gênesis/a criação. Agradeço a todos

E o que existe dentro da vida, que exista fora das palavras?

Capítulo I A história que os homens contam Era uma vez um homem sem nome e sem idade, que vivia em dias onde não havia horas ou qualquer tempo que fosse findar. Certo instante decidiu dar início a uma criação. E então criou, deu vida ao universo, e isso fez, fazendo uso das palavras. E disse: Haja luz. E houve luz. [ Não posso falar sobre palavras, sem falar da minha vida, então será um conto curto - postado todas as quintas feiras - começando hoje e terminando na ultima quinta do mês... Espero que gostem é sobre essa coisa de vida, palavra e eu... Beijos e obrigada pelo carinho de todos.]

E o que existe dentro da vida, que exista fora das palavras?

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--> Desde que me lembro estar viva/ser um ser que respira, me vejo rodeada de palavras. São elas que nos permitem a comunicação, seja escrita, seja falada, gesticulada ou lançada através de olhares. A palavra é que torna o homem, homem. Que faz do sentimento, sentimento e de tudo que chamamos de nossa vida, uma história individual que compõe a grande história da existência humana. Com o tempo, conforme crescemos e nos tornamos o que queremos ou dá pra ser, passamos a perceber que o dicionário é na verdade, uma simples amostra do que as palavras podem ser e não do que elas são na sua totalidade. Notamos que nos homens sempre existem detalhes a serem descobertos e notados e que por conta disso, ele não pode ser definido/explicado por inteiro e que as palavras por sua vez, também não podem possuir apenas um significado exato, existe sempre um leque de detalhes a serem descobertos/sentidos, e talvez mencionados. Desde a minha meninice eu convivo com esse universo das letras

[Palavras Mil]

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Divino? Já cansado de arranhar suas asas para proteger humanos completamente desumanizados bate a porta dos céus e pede demissão do seu posto de Anjo da Guarda Com todos os seus arranhões e lamurias, se aquieta em meio as pedras enquanto vê o definhar dos que devia estar protegendo/guardando Em um ato inconsciente estica o braço Não acredita que alcançará Mas é o seu instinto natural Proteger/guardar Mesmo os que não merecem qualquer compaixão E agora, sem nenhuma luz nos olhos ou na alma Fenece junto aos tais humanos/desumanos Hoje eu lembrei de postar. Pessoas lindas, muito obrigada por ainda passarem por aqui. Esse mês meu blog completa três anos de vida e amanhã entra um post especial. Agradeço a todos que passam por aqui, os antigos que ainda me lêem os recém chegados que já se tornaram fiés leitores e os fresquinhos que estão se acomodando. Sinta-se a vontade e por favor falem a verdade, porque pra gente crescer precisa saber o que há pra ser feito. Beijos a todos.