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Mostrando postagens de junho, 2010

[Palavras Mil]

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Minha a l e g r i a de cada dia Olhos cabisbaixos, face prostrada ao chão Todas essas cores de minhas vestes se ausentam de meu coração Olhos inexpressivos, sem brilho, sem cor Vida vazia, sem sentidos, sem abrigos, sem amigos, sem rancor Eu sei bem como é que sou . Pintado de alegrias, vivo o dia mascarado E com uma felicidade aparente, encanto os olhos de muita gente Feliz de mentirinha, ganho o pão de cada dia Doutro lado, seduzida pelos gestos deu palhaço, a criança sorri Inteiramente fascinada Nunca ela viu tamanha alegria . É mesmo assim, não tente entender não A alegria em mim é profissão, por dentro, não sinto isso não Por isso, desses meus olhos assim, moço Chega o fim do expediente, o meu eu se expõe completamente . Minto sempre não, sou feliz não. Mas eu preciso desse faz de conta. E com uma felicidade inexistente, vivo em meus dias assim, absolutamente triste . A alegria em mim é só profissão m

Dedicado

"Este post é especial para Babi, já que ela disse por esses dias, que os meus textos "carnais", são os melhores" Carícias Noturnas Os dedos deslizando suavemente sobre o corpo, abaixo do queixo, acima dos seios Suavemente como linhas de uma teia sem tear, Só a teia Maciamente deita os lábios mornos sobre a pele sem jeito e escorrega Provocando sensações sem nome Permite que os dedos andem mais adiante, agora, tocando os seios, Tocando-os levemente Acaricia por longo tempo [não que tenha sido tempo de mais], Desliza os lábios, alcança os meios, sorve-os mansamente, Sem pressa e sem demora . E continua a percorrer o corpo, Durante as horas que os devoram sem piedade .

[In Verbis]

Do dia em que meu corpo se vestiu com suas carícias Vou te contar como tudo começou, mas eu te peço Amor, perdoe-me se eu me esquecer de relatar algum detalhe, se entre os meus rabiscos, faltarem riscos do nosso início . Os seus lábios já não sabiam sorrir, e seus olhos, não emitiam encanto... Ouvia tua respiração no banco ao lado e sentia, àquela distância, os desejos soltos nos seus poros, todos os sentimentos te vencendo, Um frenesi de excitação passou por mim, quando notei a sua mão escorregar do volante e caminhar vagarosa e intensa na direção de minhas coxas mal cobertas... Tocou-me, a mão quente, toque suave, doce, gentil Sobrepus minhas mãos na sua, impedindo que seus desejos escorressem em meu corpo, virando à palma de sua mão para cima, segurando teus desejos nos meus dedos longos, seus lábios sorriram sem jeito, devido à insegurança pelas vontades que não conseguia mais esconder, Fechou e abriu os olhos, tentando se concentrar na estrada e se desligar de mim

Sinto sua falta

'Lábios secos, olhos fartos d'água e por dentro, essa ausência que não sara' Nesses momentos meus olhos se tornam fartos, inundados d'água de minhas angústia Nesse desespero, meus lábios se tornam secos, vazios; sem qualquer palavra. E, com os olhos vazios, e os lábios secos; sem palavras, deixo a dor escorrer pelos olhos fartos d'água. E aqui dentro, em meu peito quase oco, continua tudo igual . Ainda estou me perguntando em que ponto da estrada eu Te deixei, eu sei que o deixei, não podia mais suportar Tua companhia. Só não me recordo onde, me esforço mas não consigo saber. Contudo, não precisa fazer tudo de forma a me machucar tanto, já conhece as minhas dores maiores, não precisa provocá-las para que eu perceba o que queres que eu veja, conhece a minha sensibilidade e sabe, que eu sempre sinto o que queres me mostrar ou dizer . E acabo por ficar aqui, Sem nenhuma palavra para proferir, Algumas lágrimas para deixar a dor escorrer E lá dentro, Pergunto-me, onde vo

[Palavras Mil]

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Amar/Amor é coisa de viver e não de saber de nada "Ó meu Pai, dá-me o direito de dizer coisas sem sentido, de não ter que ser perfeito, pretérito, sujeito, artigo definido, de me apaixonar todo dia de ser mais jovem que meu filho, e ir aprendendo com ele a magia de nunca perder o brilho, virar os dados do destino, de me contradizer, de não ter meta, me reinventar, ser meu próprio Deus, viver menino, morrer poeta" Vander Lee - Alma Nua Enquanto escuto seus suspiros baixos, que tentas incansavelmente manter inaudível, mergulho entre as rodovias abarrotadas de sentimentos. Vejo o caos em que vives. Todos os sentimentos se misturando, confundindo-se entre si, como as grandes capitais onde o tráfego de veículos é desesperador e perturbante, onde os automóveis se misturam, batem, freiam, avançam. Tudo exatamente igual, sincronizado, só que ao invés de autos – são sentimentos O amor avança; os tecidos que compõe a pele expelem o suor do desejo, os olhos brilham faiscando en

[Palavras Mil]

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Primeira prova, antes da eternidade "[...] na alegria ou na tristeza[...] até que a morte os separe" Parece piada dos céus ou até mesmo do próprio inferno. Tinha de acontecer isso justo hoje? Exatamente agora? Já não sei se preciso de paciência ou de conseguir conter os meus hormônios. E a culpa disso tudo é toda de minha mãe. Ela não precisava ter me criado com todas aquelas manias de religiosidade. Mas eu também não precisava ter me apaixonado por um cara tão certinho, tão puro e casto. A culpa também é minha admito! Talvez não muito minha, mais do meu coração bobo, mas tudo bem, de qualquer forma estou aqui agora. Depois de todas aquelas declarações publicas - impedida de viver minhas núpcias porque o carro é uma carroça com quatro rodas. Que o nosso amor possa suportar isso, aí terei certeza de que será 'até a morte'. 'Falta de criatividade essa semana - o Amor anda tanto nos meus olhos que não consigo mais escrever muito nem sobre ele mesmo... Espero que esco

Papo de Poeta

'Sabe quando você conversa com um poeta que é tão bom que tudo que fala é poesia, e aí ocorre um jogo de palavras bom e o poema vai se desenhando nos olhos da gente? - Foi isso - Ele disse e eu vi o desenho' Essa coisa de não saber Viver, sofrer Ansiar Enlouquecer Criar mais dúvidas Tentar aprender Sentir Transmitir Se reinventar pra amenizar E no fim, Descobrir de vez, ou Se perder nas dúvidas Na vida . Rodolpho Padovani

[Palavras Mil]

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Eu me abro, tu se fecha Tens fechado os olhos durante anos, e por mais que tu ainda observes o caos que tens causado com esse movimento de suas pálpebras, Não tens deixado de fazê-lo. Com os olhos fechados, adormeces os seus sentidos mais sensíveis, E sendo ainda homem, abandona as características que te faz humano Não vê, não ouve, não sente. E não fazes nada pra alterar o abismo em que os homens se afundam . És mais um que se afoga, Naufraga junto à existência demente dos homens que sabem, E se esforçam, mas não muito, para não sentirem nada . Fechando os olhos, se fecha. Anula seus sentidos, sua capacidade de se envolver, de agir contra essa desordem, Essa matança da própria fonte de vida . Gostaria muito que tu não fosses tão fraco, Que fosses menos egoísta do que fraco, até . E moço entenda, eu sei que tu nunca que vai se humilhar assim, Admitir que tu, precisas de todas essas plantinhas indefesas para viver, Ou de qualquer natureza, É, homem feito . Ser humano desfeito já.