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Mostrando postagens de março, 2009

Missa do sétimo dia

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O corpo inundado de uma brandura semi nua, se repelia todo enquanto os pensamentos vasculhavam as estranhas lembranças em busca de razões, de explicações plausíveis pra existência de todas aquelas sensações novas que inundavam seu corpo, . O relógio gritava os segundos aos tímpanos como se esse fosse surdo, e insistentemente o tic tac continuava, essa era a única música que compunha os ruídos barulhentos da sala . Vozes murmuraram soluços, e como quando a noite cai, a luz toda se fora, as vozes cessaram e as lembranças inquietas o abraçaram todo. . Sete dias depois descobriram, era apenas sonífero.

Assentou-se o Juízo e Abriram-se os Livros

'Recordo a vez em que mamãe Metera os dedos por entre os fios de meus cabelos, o afago era tão gostoso e meu coração vazio não se permitia apreciar, tudo se ofuscava entre a manhã enegrecida pelas lembranças do deitar da noite e ofuscada com o brilho raso dos raios de sol que invadiam os cômodos minúsculos. Possuía um medo descomunal de esquecer seus dedos na têmpora. O pai, embriagado me moía todo enquanto eu, defronte do corpo dela, impedia que o golpe a atingisse, meu bem, maior e único bem. Lembro-me das marcas, da dor do corte. Foi esse o meio termo entre o amor e a dor de minhas amargas lágrimas pequenas. Uma dor, que com o tempo tornou-se parte de meus ais repelidos.’ Era 12 de Novembro e na casa calmaria, não havia gritos e nem bebidas as paredes do meu peito afrouxaram-se, após anos de esmagamentos pelas ausentes visitas que fizera a mamãe. Lutando incessantemente pra disfarçar a tristeza que a casa me transmitia ganhei os cômodos. O cigarro queimando denunciava a presença