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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Olhos sem cor...

Eu sempre acreditei que você fosse forte demais e que talvez devido toda essa força e independência que eu via em você, eu não teria que lidar com a sua ausência de verdade. Sim, você nunca esteve muito perto enquanto eu crescia e sonhava com boizinhos e terras cheias de capim, mas você sempre esteve aqui – desse seu jeito todo desconfortado de estar/ser dentro e fora da vida das pessoas. Vovó dizia ser o seu Jeitão, o jeitão da madeira - dizia ela, e eu, bom eu achava mesmo que você era duro na queda. Mas sei lá, do nada Deus resolveu te varrer daqui, te levou, não sei pra onde, mas levou – você na certa partiu sem conhecer o que há dentro dos meus olhos e eu, quando eu partir, vou levar esse achar que te conheço um pouco aqui dentro. Eu sempre acreditei que pessoas fortes demais não partiriam nunca, mas você se foi, e por ir, me deixou esses olhos sem lembranças – Sabe, não me recordo mais da cor dos seus olhos, mas eram cheios de emoção e medo, é o que me lembro de v