Universo das Cores - Capítulo I Eu era pequenina quando as coisas começaram a explodir diante dos meus olhos. Admito que aquelas explosões nunca me assustaram muito, eu achava bonito o brilho colorido dos olhos de papai quando ele entrava aos berros dizendo que a seca rebentara com tudo novamente. O que não compreendo e realmente me assusta é como eu crescera tanto em tão pouco tempo e como pude enfim, vir parar nesse lugar desconhecido e tão diferente de tudo que já vi. A menina concentra os olhos na chave que tem nas mãos, se esforça tentando trazer aos olhos qualquer detalhe que faça com que ela recorde de como viera parar ali.Puxa e solta o ar quase desistindo e por fim amedrontada se lembra ; Ela tinha seis anos, e curiosa como sempre, resolvera entrar dentro do guarda roupas da mãe e trancar-se por dentro, mal sabia ela que aquilo era mais que um armário, era uma espécie de máquina do tempo e a levou direto para o futuro. Agora crescida se pergunta que idade possui e como fará pa...
Eu me abro, tu se fecha Tens fechado os olhos durante anos, e por mais que tu ainda observes o caos que tens causado com esse movimento de suas pálpebras, Não tens deixado de fazê-lo. Com os olhos fechados, adormeces os seus sentidos mais sensíveis, E sendo ainda homem, abandona as características que te faz humano Não vê, não ouve, não sente. E não fazes nada pra alterar o abismo em que os homens se afundam . És mais um que se afoga, Naufraga junto à existência demente dos homens que sabem, E se esforçam, mas não muito, para não sentirem nada . Fechando os olhos, se fecha. Anula seus sentidos, sua capacidade de se envolver, de agir contra essa desordem, Essa matança da própria fonte de vida . Gostaria muito que tu não fosses tão fraco, Que fosses menos egoísta do que fraco, até . E moço entenda, eu sei que tu nunca que vai se humilhar assim, Admitir que tu, precisas de todas essas plantinhas indefesas para viver, Ou de qualquer natureza, É, homem feito . Ser humano desfeito já. ...
O tecido que envolve o meu corpo, esse que compõe a minha pele Ele não foi capaz de se esquecer de ti, Sei que a culpa não é sua, foi eu quem disse que as coisas deviam ser Como são hoje Eu comigo E você, com ela Sinceramente, não sei se é a minha mente que insiste em não esquecer Ou o meu coração, que mesmo hoje, Ainda se desconserta todo com a sua presença, fazendo com que eu sinta, Todas essas lembranças Todo esse sabor De tudo que me compõe, o que mais se decompõe quando me recordo de seu tato, Não são meus seios no embaraço dos teus lábios a deslizar neles, Mas a minha nuca Sinto como se seus dedos ainda passeassem por aqui, levemente, bem devagar, Suave como uma pena a seduzir o meu pescoço Para permitir que você dançasse por todo o meu corpo, e esquecesse, do tempo E de quem éramos nós Foi com o contato de tantos anos que eu aprendi quem é você, e o amei por isso E por tanto contato que te deixei partirMas hoje, sinceramente, era nos meus braços que eu te queria. Eu é que queria...
Comentários
bjs!
pensar em amar mais disfarçadamente me lembra meus 14 anos. rs.
beijos, e obrigada pela companhia na caixa.
'deles pra gente embarcar'
Beijos
E quanto a caixa.
É um prazer.
Eu gosto de Lá.
Grata pelas visitas e pelas
tuas linhas aqui.