Feito um futuro a sua espera
“O que virá depois? - pergunto então para a tarde suja atrás
dos vidros, e me sinto reconfortado como se houvesse qualquer coisa feito um
futuro à minha espera” Caio F. de Abreu
A tarde estava completamente cinza – a parede alaranjada que
sempre infestava o céu durante aquele virar de dia não se fez presente, um
vento frio tocou as folhas das árvores...
- Rebeca fechou os olhos, deslizou a língua nos lábios e
sorriu enquanto o vento tocava-lhe suavemente a pele, o vento frio, tornavam as
maçãs de seu rosto rosadas.
Todos os dias, naquele mesmo horário, quando o sol ia
partindo atrás das coisas, Rebeca se permitia olhar aquele inicio e fim instantâneo
que se misturavam. Ela ama o virar da tarde, aquele meio fim, meio inicio que
tornavam duas coisas tão completas e mal divididas; tarde e noite.
Rebeca possuía um olhar bobo, gostoso, de Menina que sabia
de tudo que era coisa importante. Não tinha muita idade, gostava de fazer
perguntas tortas, dessas que nem Deus nos responde em voz alta – Não sabia
muito era verdade, mas sabia do que lhe bastava;
A vida sempre seria isso, uma mistura de coisas completas,
ainda que muitas dessas coisas venham antes ou depois de coisas que não
terminam definitivamente, ainda que tudo que se viva completamente fique mal
dividido dentro da nossa história, das horas ou dos dias.
Rebeca sempre seguia, e tinha sempre esse horário marcado
com o tempo, onde as coisas que se misturavam, formando uma má divisão, ia
dando espaço, alterando e determinando a existências de coisas completas pra se
viver e desfrutar.
"Talvez as próximas postagens demoram mais ou bem menos tempo do que essa demorou, mas o importante é que de algum jeito, seja dentro do tempo que for, elas estarão presente. Quando digo que estou tentando, acredite; é verdade. Como o vento vai, eu vou indo! E bem... Obrigada principalmente a Ba-bi pela ternura e amizade de sempre."
Comentários
Saudades de passar por aqui, Tati.
Beijos.