Sobre a iluminação
Gostava muito de flores, principalmente de Hortênsia. Embora não soubesse a razão que a levava a
gostar delas, Bárbara não ocupava o tempo buscando razões que lhe explicasse o
seu gosto.
Gostava e aceitava que gostava.
Era verdade que não gostava de sopa e aceitava não gostar, assim como
aceitava gostar de hortênsia, sonho de padaria e cores.
Fabi, não gostava de abates, mas vivia em contradição esse não-gostar
com outros gostar que ela tinha. Ela gostava de sopa e de questionar até suas
próprias perguntas.
Estava em um processo de encontrar-se e se reencontrar, tentando
aceitar os fatos passados e conviver com o presente de modo que sentisse plena
satisfação e leveza.
.
Sentada no meio fio da calçada, Fabi fecha os olhos tentando remover da
memória algumas cenas, meneia a cabeça e tenta retirar da pele e do ouvido tudo
que lhe foi impregnado e lhe faz tanto mau.
Recebe uma mensagem de texto no celular. Bárbara é uma amiga que a quer
bem e diz;
- É porque você precisa amar Menina!
Não respondeu a mensagem, não
havia o que dizer. Apenas sorriu e respirou.
Estava amando.
Depois do banho, Fabi deixou
um bilhete no espelho;
- hei medo, estou indo cuidar
de mim, – Adeus!
E se foi...
“se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis
e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo que foram feitas pra um dia
dar certo”. C. F. Abreu
Comentários
Beijo, trenzinha. É bom saber que certas palavras possam mudar escolhas positivamente.
Usado da forma certo, pode nos trazer mais coragem do que se imagina...
Bjo, bjo!!!